MÃOS À OBRA

Textos da Autoria de José Rosa Abreu Vale Data quarta-feira, 23 de março de 2011 2 comentários

12.03.2011. Mais um sábado de intenso intercâmbio entre os mantenedores da Faculdade do Vale do Jaguaribe, FVJ, e os dirigentes dos setores acadêmicos e administrativos. Com essa reunião, encerra-se longo processo de planejamento estratégico e de esforço coletivo, promovido com a finalidade de inserir na instituição uma cultura de participação e competência técnica.

Os mantenedores mostram-se receptivos em relação aos diferentes níveis de contribuição dos colaboradores. Estes, por sua vez, têm crescido na determinação de abraçar os objetivos e as metas planejadas.
Durante o levantamento e a análise dos dados, nada de escamotear problemas existentes. Nem de ter receio de assumir uma atitude cooperativa na busca de corrigir fragilidades.

A faculdade reúne ao todo 11 cursos: administração, turismo, pedagogia, letras, serviço social, enfermagem, educação física, processos gerenciais, recursos humanos, gestão hospitalar e, em breve, fisioterapia. Os cursos de pós-graduação articulam-se nas áreas de educação, saúde, empresariais, ambientais e tecnológicas.

Cerca de três mil alunos freqüentam hoje os cursos de graduação, pós-graduação e extensão. São pessoas oriundas de Aracati e de municípios da faixa litorânea e do Baixo Jaguaribe. Há alunos procedentes também do vizinho estado do Rio Grande do Norte.

Implantar um sistema de planejamento estratégico em uma organização educacional significa passar por dois momentos cruciais: a) formar um organograma funcional compreendendo grupos de trabalho bem integrados, conduzidos por lideranças criativas e b) construir um modelo de gestão orientado a promover a execução de atividades devidamente distribuídas no tempo (calendário). Para tanto, é preciso formar pessoas motivadas ao trabalho conjunto de prever, executar e avaliar ações de qualidade.

Ao avaliarem o evento, os participantes consideraram que os mantenedores têm sido atentos às observações dos responsáveis de cada setor. Que, entre estes últimos, há a preocupação de cooperar para o real crescimento da faculdade. E que, comparativamente ao passado, a reunião inaugurou um modelo novo de construir consensos entre o acadêmico e o administrativo-financeiro.

A esse respeito, convêm, observar que nem tudo são flores. Os muitos planos de ação propostos no planejamento estratégico dividem-se entre as duas áreas (acadêmica e administrativa) de modo não exatamente coerente, o que pode gerar interferências mútuas, daí resultando prejuízos para o bom andamento dos trabalhos. Na prática, nem sempre é possível à área acadêmica, em suas atividades fim, evitar a intromissão da área de gestão, como nem sempre a área de gestão, em suas atividades meio, deixa de receber a interveniência da área acadêmica. Os técnicos de planejamento reconhecem que se trata de uma questão a ser resolvida com o amadurecimento da organização. Sendo então possível pôr em prática saudáveis interdependência e complementaridade.

Outro ponto destacado foi a necessidade de prestar atenção aos critérios de definição dos cursos, considerando-se o seu impacto sobre a realidade. A pergunta é: que cursos promover em resposta a demandas manifestas ou implícitas detectadas a partir do estudo objetivo da realidade regional? Trata-se de buscar o justo equilíbrio entre cursos tradicionais básicos e cursos de aplicação a situações específicas.

Lembrou-se ainda que, no início, esperava-se mais rapidez no processo de implementação da faculdade. A crise que se abateu sobre a região provocou a diminuição do emprego, a tibieza na execução das políticas públicas e, em particular, a lentidão na execução de obras de infra-estrutura. Seja como for, a faculdade está ligada à idéia da retomada do crescimento em alguns setores da economia como, por exemplo, o turismo, a energia eólica, o aeroporto internacional, com possível impacto sobre a construção civil e a área de serviços em suas múltiplas ramificações.

Há também ameaças internas a serem enfrentadas: a inadimplência dos alunos, a carência de professores em determinadas áreas, o ritmo lento da expansão do campus. Diga-se, porém, que um dos méritos do encontro foi o de detalhar ponto por ponto os aspectos setoriais necessitados de atualização e de ações corretivas. Para a superação de cada um desses aspetos, metas, prazos de execução e responsáveis foram claramente definidos.
Quê falta agora? Quase nada ou quase tudo. Falta apenas dar continuidade à boa sinergia de “mãos à obra”.

2 comentários MÃOS À OBRA

  1. says:

    Caminhos do Turismo pelo Turismólogo "Quê falta agora?"
    A resposta já foi dada, a continuidade. Uma só palavra que diz tudo. Agora quero expressar aqui a minha satisfação de outra "continuidade", a que faltava no mundo virtual: a sabedoria e o conhecimento do professor José Rosa. Parabéns pela iniciativa e pela concretização - de um dos projetos mais lindos da FVJ: o http://professorjoserosa.blogspot.com . Projeto que irá trazer crescimento para os alunos, professores, funcionários e para todas as pessoas que por aqui passarem.
    Como diz a sábia professora Sueli Marza: "o conhecimento pode ser transmitido em qualquer lugar".
    Obrigada professor!
    Irei divulgar, agora é "mãos à obra"!
    Eliane Curvello
    professora Administração/Turismo - FVJ com muita satisfação

  1. says:

    Andrea Gondim Sábias palavras, profa. Eliane. Este blog foi meu presente de aniversário ao prof. José Rosa, afinal faltava apenas um lugar só dele para publicar seus maravilhosos textos, recheados de ricos pensamentos, encorpados em conhecimentos e acompanhados de idéias que não pertencem ao senso comum. Ele se sente profundamente grato por seu comentário, sua visita ao Blog e também pelos mais 5 seguidores (entre eles, você mesma). Agora, vocês fazem parte dos "Amigos das Idéias". Também agradeço a visita e a participação.
    Andrea Gondim (Administradora do Blog)

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